Porque muitas vezes, a força das palavras é tão forte que por muito que apertemos o torniquete acaba por gotejar alguma coisa. Pensamentos, por vezes pouco pensados, outros bastante sentidos. Alguns sem nexo para a maioria de vós. Todos eles parte de mim, com diferentes estados de espírito.
quarta-feira, março 16, 2016
O Lobo - Parte I
Este nunca foi de alcateias.
Era sempre um solitário que fugia dos seus.
Gostava dos seus passeios, das suas caçadas.
Explorar o mundo e evitar guerras.
Brincava em charcos e com as folhas,
Em noites de lua brilhante uivava!
Fosse em tom de lamento ou grito eufórico.
Aconchegava-se nas tocas descobertas, em sonos profundos.
De vez a vez lá aparecia outro lobo que queria lutar por território.
Ele nunca quis. Não desejava possuir terras, muito menos lutas.
Embora algumas fossem inevitáveis.
Ganhou e perdeu combates.
Feriu e foi ferido, com e sem gravidade.
Mas no final, lambia sempre as suas feridas,
Descansava do combate
E voltava a caminhar.
A sua eterna busca,
O sítio do local dos seus sonhos.
Maravilhosos, calmos e pacíficos.
Onde o encontrar?
Caminhava há tantos anos,
Certos locais quase se assemelhavam.
Mas a sensação não era igual.
(Sempre longe, pensava)
24/08/2015
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