quinta-feira, novembro 11, 2010

We all have our scars

Ao ler o fantástico texto do Firefly, fiz o seguinte comentário:

E sim, somos apenas humanos. Largar um vício que temos é extremamente doloroso, extremamente penoso. E formam maselas que custam muito, mesmo muito a sarar.

Mas no fundo, podemos não saber exactamente o que queremos, mas sabemos sempre o que não queremos. Sempre, no fundo no fundo sabemos sempre o que não queremos. E conseguimos ser juízes da nossa própria consciência.

Por isso muitas vezes entramos em conflitos e tomamos atitudes que sabemos que estão totalmente erradas, porque se conseguimos ver nos outros conseguimos ver isso em nós próprios. O que dificulta é que apesar de sabermos bem o que não queremos. Não sabemos o que realmente queremos. E então muitas vezes vamos por tentativa/erro.

Há que saber o que fazer, há que saber conter. Porque as responsabilidades voltam a nós. Nem que seja a nossa própria moral e razão.

Por isso é que nos sentimos tantas vezes revoltados, porque cometemos erros conscientes. E na altura não queremos mesmo saber.

Mas um dia mais tarde acabamos sempre por nos dizer a nós mesmos: "Para que? Para que isto tudo se havia um caminho tão mais fácil, tão mais seguro e certo."

E só quando formos capazes de responder a nós mesmos, com siceridade, a essa pergunta é que ficamos em paz. E crescemos, aprendemos. Porque vamos de encontro a nossa fé, ao nosso sentido, à maneira como somos e como agimos.

Depois sentimo-nos tristes e culpados. Mas isso tudo passará. Tudo cicatrizará. E no fim acabamos por ficar bem.

Aprendi no curso que existem 4 processos da cura:
- Alivio da dor
- Correcção
- Fortalecimento
- Manutenção

E temos de seguir por esta ordem se não queremos que as coisas voltem a incidir. E cada passo leva seu tempo, não há tempo definido.

E isto aplica-se à nossa vida no dia-a-dia. E a manutenção será para sempre. Porque temos bagagem e conhecimento e se voltarmos a cometer o mesmo erro, a ficar com a mesma dor, é porque não fizemos um bom tratamento.


"Flies with a broken wing, she's ever so graceful, so like an angel,
but I see, tears flow quietly.

The struggle she's seen this spring, when nothing comes dancing,
paying a handsome fee, and still she smiles at me.

And I can't take it, no I can't help but wonder...

Why do we sacrifice the beautiful ones?
How do you break a heart of gold?
Why do we sacrifice our beautiful souls?
Heroes of tales unsung, untold.

Sweet as an angel sings, she gives though she has none left but the last one, free, unhesitatingly.

And I am humbled, I'm a broken mirror, and I can't help but wonder...

Why do we sacrifice the beautiful ones?
How do you break a heart of gold?
Why do we sacrifice our beautiful souls?
Heroes of tales unsung, untold."
POTF
(...)

Just try to find your way home.

1 comentário:

Richy disse...

Como dizia um professor meu, de filosofia: há sempre dois discursos para a mesma temática, há sempre duas soluções para o mesmo problema... e por aí adiante.
As escolhas são sempre ambíguas.
Podemos sempre escolher outros caminhos, com resultados diferentes, ou se calhar, semelhantes.
Não podemos nem devemos mudar a nossa essência em demasia.
É como estar a comprimir uma substância explosiva.
Chega a um determinado ponto em que não vai dar mais e explode com um estrago maior do que seria de esperar.

Eu não tenho muita moral para falar, porque, regra geral não aprendo muito com alguns dos meus erros, mas sei "a formula para o sucesso"...
Acho que todos sabemos...

Besos Pitz...