quinta-feira, setembro 10, 2009

Puzzle e pó

Um puzzle há muito montado, ganha pó entre as fissuras, mesmo que limpemos a sujidade apenas sai do exterior.

Com as pessoas acontece o mesmo. Há medida que vamos crescendo, vamo-nos construindo, ganhando forma. Como um puzzle...

Mas temos de ir soprando os grãos de pó por entre as peças. Há medida que vamos conhecendo a pessoa, que vamos montando a sua imagem na nossa cabeça, porque se não essa sujidade passa-nos despercebida. E infelizmente a bela imagem que criamos é bem menos que o pó que ela contém.

E quando sopra o vento bravo, todo aquele pó nos cobre, a sujidade o odor… E aí lembramo-nos que quando montámos o puzzle sentimos uma certa comichão no nariz, por a alergia ao pó vem muito de trás. Mas tal como crianças com doces, não conseguimos parar com algo que desperta a atenção e que nos dá bem estar.

O ser humano acomodou-se muito ao conforto e esqueceu-se dos instintos.

E depois, vem a máscara de ar, a bomba da asma, tudo. O medo de adoecer.
Quando tudo se resume a instintos. Apenas instintos.

Estalos na cara são para acordar, não para punir. Espero que a lição esteja bem aprendida. Por vezes o lobo veste a pele de cordeiro. E muito disso nos esquecemos.


Quanto ao pó? Abre-se a janela e areja-se a casa!
Limpa-se com um pano o mais difícil, sacode-se e lava-se na máquina.

5 comentários:

Taiyo85 disse...

Muito bom amor!

GotchyaYinYang disse...

Fantástico este texto. E muito verdadeiro! Espero conseguir limpar o pó de mim mesma de vez em quando.

Taiyo85 disse...

Olhe gotcha, eu cá tomo banho todos os dias! =P **

GotchyaYinYang disse...

Lolol mas eu sou porca e gosto de me empoeirar!

Chuva de Verão disse...

Uau! Grande texto amiga Rute ;)