sexta-feira, julho 17, 2009

Corre

Escondida nos olhos daquela,
Que não sentiu, que não lutou,
Está a chama da escassez escondida.

Porque não a apagas e te renovas?
Porque não te enches e explodes?
Porque não te engoles em ti mesma?

Verga-te, esfrega-te no chão,
Em cima de vidros sob pele.
Rasga-la-ás?

És fraca, és imunda,
És terrível!
És... és nada.

Com capacidade de ser tudo.
Com medo, muito medo,
Do mundo....

Fecha os olhos e sente-te,
Sente o teu sangue e como corre ele em ti,
Os teus pensamentos como urgem!

As tuas sílabas que não saem,
Retraem-se em pensamentos.
Destoam.

Que precisas em ti para voares?
- Quem falou em voar?
Não precisas? Talvez não.

Esse foi o erro, procura o teu elemento.
É fogo, é terra.
É o equilibro!

Chegou a hora de o tomar.
De o pegar!
De mostrar!

Que a coragem não se prova só com o medo.
Mas com o pé firme,
E certezas!

Mostra, porque já é hora.
E não és já uma menininha...
Corre!

5 comentários:

Tiago disse...

Tão duro... mas muito muito bom! Dos teus que mais gostei até agora

Sara disse...

forte... mas muito bonito !

Madeira Inside disse...

LINdo! Rute, andas inspirada tu! How sweet! Amei o que li! Já tenho algumas saudades de escrever assim...nesses tons! :)

Corre que o caminho é pra frente! :)) Beijinhos

Quando vêm cá???
:))

Ana Pena disse...

Muito fixe, gostei imenso!mesmo!

GotchyaYinYang disse...

Muito bom! Run Forest run!