O plantar

De dia seguro as nódoas do tempo,
De noite peço aos céus que chorem
Para que esta terra seca que seguro floresça.
Todos os dias o ciclo é igual,
Nada de muito normal,
Apenas o meu banal.

O que ontem tem diferente de hoje?
O teu sabor...
O teu sabor colado na minha pele,
Na minha boca.
A tua suavidade aveludada, acetinada.
O meu sonho em pensamento.

Como trazes tu essa magia?
Como fizeste florescer a terra seca e fria?
Com amor, com paixão,
Com essa garra com que me dás a mão.
Ajoelhei-me e vi,
A relva fresca e verde, abundante.

Deita-te nela, disseste tu.
Deitar-me-ei a teu lado.
Ficaremos aqui, a ver o céu estrelado.
Ouve a brisa, que te diz ela?
- Que serei feliz aqui. Contigo.
Sorriste e adormeceste.

O meu olho a tua imagem fotografou.
Tal como as minhas mãos,
No teu corpo foram esculpidas.
O teu amor exercita o meu coração.
Que bate em batuques fortes com tal emoção.
Beija-me assim, com essa paixão.

Agarra-me e prende-me,
Entre os teus braços entre os teus dentes.
Sorri e vê-me assim,
De joelhos bambos perante ti.
Mesmo após quase 18 meses de paixão.
O teu sorriso continuará a ser o nosso guardião.