(acrobata??? nahh)
Por vezes pergunto-me que papel tenho eu neste circo! (?)
Trapezista, acrobata, malabarista, palhaça? Fera enjaulada, cuspideira de fogo?
Sei lá...
Faço malabarismo a meio termo, não me aguento muito nem com mais de três bolas.
De acrobacias estou eu cheia, já me torci e contorci, dei pulos e flick-flackes. É apenas bom para diversão.
Palhaça... Nunca gostei deles, até medo em miúda tive. Mas sim, por vezes é mesmo isso que faço, é a minha mascara do dia-a-dia. Aprendi à pouco a não utilizar. Não preciso. É de cara limpa que gosto de estar.
Por vezes sinto-me como fera enjaulada, mortinha por saltar para fora e rugir com força. Mas utilizo essa força para outros fins. São-me muito mais úteis. Esses rugidos fortes de nada servem, são feitos com ódio e nada que assim seja feito tem valor.
Gosto muito de brincar com o fogo, mas nada de grandes artimanhas, nada que encante. Fico encantada por ele, gosto de lhe tocar. Mas não tenho cenário nisto para brilhar.
Ando de trapézio em trapézio, tapada pelo pano preto para não me verem. Pulo destemida para os teus braços pois sei que só tu me agarrarás. E sei que não preciso de mostrar este número fantástico a ninguém, pois quereriam todos apreciá-lo e deixaria de se tornar no nosso número especial.
Adoro a forma como baloiçamos suavemente, discretamente, elegantemente, com tanta paixão, tanta dedicação. Sabemos bem os papeis a representar. Sem nunca falhar.
Então me decidi. É assim que quero ficar. A voar naquele trapézio alto, onde tudo podemos observar. É bom ficar sentada contigo, baloiçando... Sentindo a brisa fresca que passa lá em cima. Lá bem no alto onde mais ninguém nos alcança.
Trapezista, acrobata, malabarista, palhaça? Fera enjaulada, cuspideira de fogo?
Sei lá...
Faço malabarismo a meio termo, não me aguento muito nem com mais de três bolas.
De acrobacias estou eu cheia, já me torci e contorci, dei pulos e flick-flackes. É apenas bom para diversão.
Palhaça... Nunca gostei deles, até medo em miúda tive. Mas sim, por vezes é mesmo isso que faço, é a minha mascara do dia-a-dia. Aprendi à pouco a não utilizar. Não preciso. É de cara limpa que gosto de estar.
Por vezes sinto-me como fera enjaulada, mortinha por saltar para fora e rugir com força. Mas utilizo essa força para outros fins. São-me muito mais úteis. Esses rugidos fortes de nada servem, são feitos com ódio e nada que assim seja feito tem valor.
Gosto muito de brincar com o fogo, mas nada de grandes artimanhas, nada que encante. Fico encantada por ele, gosto de lhe tocar. Mas não tenho cenário nisto para brilhar.
Ando de trapézio em trapézio, tapada pelo pano preto para não me verem. Pulo destemida para os teus braços pois sei que só tu me agarrarás. E sei que não preciso de mostrar este número fantástico a ninguém, pois quereriam todos apreciá-lo e deixaria de se tornar no nosso número especial.
Adoro a forma como baloiçamos suavemente, discretamente, elegantemente, com tanta paixão, tanta dedicação. Sabemos bem os papeis a representar. Sem nunca falhar.
Então me decidi. É assim que quero ficar. A voar naquele trapézio alto, onde tudo podemos observar. É bom ficar sentada contigo, baloiçando... Sentindo a brisa fresca que passa lá em cima. Lá bem no alto onde mais ninguém nos alcança.

8 comentários:
Lindo, lindo lindo, sem palávras! A sério, a forma como descreves as possibilidades, como escreves..opá..a sério, acredito k tens imenso talento! E que gosto que me dá ler estes teus textos =)
A vida é um grande circo e é de facto muito complicado em certos momentos decifrarmos qual o papel que desempenhamos...
Adorei!
Continua sempre a escrever, que eu cá estou para ler, mesmo que nem sempre comente...
***************
Rute o quanto me fazes vijar e sonhar quando escreves assim... a mim e a todos que aqui passam.
Gostei muito muito deste texto. Está brilhante e muito terno.
Ah e gostei da expressão "cuspideira de fogo". Lolol.
Eu muito sinceramente gostava de poder ver-te como uma cuspideira de fogo! Hehehe
Belo texto o teu ;)
... todos temos o nosso catinho especial.
A nossa vida é um circo...
e acho que ao longo dela vamos ocupando diversos papéis...
..talvez todos nos façam falta para crescer,para aprender ,para conhecer...
... o teu, é bastanto bonito...um trapezista do alto assiste sereno ao que o rodeia...agarra-se a um trapézio com a força de uma domador de leoes e domina-o com a agilidade de um acrobata... o trapezista voa no enlace dos sonhos... voa tu também nos teus ...
Gostei muito deste :)
Beijinhos
O MALABARISTA
O maior dos malabaristas
Não é aquele que finge fazer magia com as mãos,
Aquele que tira o coelho da cartola
Ou aquele que faz truques
Com um simples baralho de cartas.
O maior dos malabaristas, eu já vi!
É aquele que sabe ser poeta, músico, artista
De uma só vez.
Aquele que soma, subtrai, divide e multiplica
Todas as palavras e todas as letras
E com elas enche-nos a alma
De emoções e de fantasias resplandecentes.
Nunca esconde a face nem a pretende exibir.
Tudo o que faz é tão natural e tão simples
Que torna a sua descrição tão difícil.
A sua beleza interior reflecte-se na exterior
E faz com que fiquemos com um extenso sorriso
E com o coração a saltitar ao som de uma cantiga sua.
Poeta, músico, artista...
Quem consegue ser tudo isto de uma só vez?
Eu sei, é o malabarista,
Aquele que eu já vi!
Ousei mandar-te um dos meus primeiros poemas [a long time ago...hehe]!!
Acho que temos de ser malabaristas!! Eu gosto! :P
Belo texto e gostei do comentário lá na teia:)
Adorei este texto Rute!!
Tem também tanto de mim aqui...
Beijinhos com carinho
Tu és uma verdadeira leoa! Indomável! :)
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