Era uma vez uma pequena avezinha que vivia livremente saltitanto todo o dia! Era feliz, tinha muitos amigos! Sonhava acordada ao andar no meio da rua. E ria, ria, muito ria a avezinha. Alguns pensava que era meia louca. O que nunca a importou.
Era uma ave muito impulsiva e emotiva, sentia sempre tudo com grade emoção, fosse somente um passeio com o grupo de amigos ou um beijo apaixonado na sua paixão. Tudo para ela era motivo de dar e dar como se conseguisse abrir o peito e espalhar o amor que lá tinha dentro. Que sempre foi imenso e sempre o tentou dar de forma sincera sem nunca pedir nada em troca.
Muito amou e sempre julgou que era amada o suficiente. Teve os seus amores e os seus grandes amores. Os quais sempre foram sinceros e muito apaixonados.
Mas como tudo um dia acaba, assim esses amores acabaram. Ela viva e dinâmica viu-se triste e machucada, tinha caído do ninho que era a única coisa que conhecia e o único sítio onde se sentia segura. Viu todo o seu mundo desabar e conheceu novas realidades que nunca tiveram a ver com a sua. Então, agarrou-se ao medo que sentia e fechou-se numa pequena toca escura e aí ficou muito tempo.
Ia-se banhando com os seus raios de sol que nunca a abandoraram, os seus companheiros já de longa data. Mas eles estavam lá alto, bem no topo da árvore e por muito que se sentisse aconchegada por eles o sol da sua vida tinha-se sumido... Ela tinha-se dado a ele de forma incondicional e sobre ele ficou, até que ele queimou todas as suas penas que a permitiam voar. E foi aí que ela caíu de seu ninho.
Muito tempo se passou e essa avezinha cicatrizou, ia-se aventurando pouco a pouco sobre o manto escondido da Lua. Tentando abrir as suas asas e batendo-as furiosamente na esperança de conseguir voar de novo. Mas nada... A sua raiva não a deixava voar. Acabou por desistir.
Certo dia, a avezinha estava pulando de raíz em raíz até que encontrou o Sr. Borbuleta, que também andava meio tristão por não conseguir saír do seu velho botão de flor. Dizia que o seu pólen já não servia para polonizar as terras. Mas não se conseguia desfazer dele. Teve muito significado para si e foi através do botão dessa flor que se tinha transformado de uma pequena lagarta para uma bela borbuleta!
Então o Sr. Borbuleta e a avezinha falaram, falaram durante muitas noites enquanto passeavam pelo bosque, iluminados pela melodia doce da Lua.
A avezinha disse que conhecia uma flor linda e cheia de vida que via do seu ninho e que se tinham tornado grandes amigos desde muito novos. E levou o Sr. Borbuleta a essa nova flor.
O Sr. Borbuleta olhou a nova flor a medo, não sabia se o seu pólen era bom, se era forte o suficiente para conseguirem juntos espalhar o seu pólen e cultivar. A flor era linda forte e cheia de vida. E a pouco e pouco foi deixando o Sr. Borbuleta recolher o seu pólen.
Entretanto o Sr. Borbuleta disse à avezinha que o pólen desta nova flor era tão especial! Gostou tanto! Queria espalha-lo por toda a parte, mas não sabia se a flor estava de acordo e tinha medo de perguntar. A avezinha estava extasiada de tamanha felicidade! Tinha vontade de abrir as asas e voar ao lado do Sr. Borbuleta, mas nas suas asas viu as cicatrizes deixadas pelo sol...
O Sr. Borbuleta conhecia uma jovem mas sábia Coruja, e sabia que ela era capaz de curar a avezinha. Levou a avezinha de encontro à Coruja, que a recebeu com um grande sorriso! Era uma Coruja muito vivaça! Alegre e divertida! Tinha o dom de curar os males dos animaizinhos.
E assim aconteceu, a Coruja trtatou dela e disse à avezinha para abrir as suas asas e deixar-se levar consoante as suas vontades. A avezinha muito a medo tentou mas não conseguiu. Até que a Coruja levantou voo e disse que tinha algo muito especial para lhe mostrar.
A avezinha encheu o peito de ar e mergulhou por aqueles céus de encontro à sua Coruja e aí viu o Sr. Borbuleta a repousar em cima da nova flor, enquanto esta o tapava com as suas petalas.
A avezinha alegrou-se e agradeceu à Coruja por lhe ter dado tão bela visão do mundo. Nunca tinha visto nada assim! Estava curada e as suas cicatrizes não lhe traziam dores! Eram apenas recordações de todas as coisas boas que o Passado deixou nela.
E desde aí, a avezinha deu-se à Coruja para que sempre tomasse conta dela. Em troca dar-lhe-ia todo o amor, carinho e felicidade que conseguisse.
[O resto? O resto ainda está a acontecer. De vez a vez vejo a avezinha e pela sua alegria voando freneticamente dum lado para o outro, dá-me a certeza que tudo está bem. Espero que assim continue por muitos bons tempos. Ah, o Sr. Borbuleta e a flor, continuam a sua dança amando-se e sendo cúmplices todos os dias! E por aí vejo novas, belas e cheirosas flores.]
11 comentários:
Por vezes essa alegria que a 'avezinha' irradia faz-nos tanta falta no dia a dia...
...como se sente a falta de alguém,tal como a coruja,que tome conta de nós!
Um fábula da vida real...
Um beijo tatuado
Simplesmente deliciosa...
Que bela história...
A verdade minha querida Rute, é que estamos prontos pra viver quando deixamos o passado pra trás.
Um abraço
adorei a história! adorei mesmo! está fantástica!!!!!
Lindo mesmo!
És fantástica...
ahhhh... respirei a história como se ela fosse verdadeira =)
É assim mesmo... Juntos eles vencem tudo... Uma história magnifica, cheia de recantos doces... Esta história vai ficar guardadinha no meu coração pela leveza com que tudo acontece, por ainda acreditar no amor...
=]Gostei da história.
Em relaçõ às nomeações de ontem, bem fiz tudo ao contrário e como pos vistos os meus critérios estão completamente o contrário em relação aos votos... pode-se dizer que ficam sem efeito. Desculpa
'
Ternurento!
Gostei
Vou voltar para ir lendo os posts mais antigos
rutita!! um beijo grande e peço desculpa pela minha ausencia. desejo-te um feliz e santo natal com muito amor e paz junto de todos os que amas. boas entradas para 2008 e muitos beijos da pipoca.. voltarei :)
Responder a tua pergunta
Podes deixar em branco
Mas tenta e vais ver que consegues porque podes repetir os nome de Bloges de uma categoria para as outras
adoro fábulas:)
beijo vagabundo
sabes o quanto eu adorei...
o quanto emocionou-me...
e como humanizar os animais nao faz assim tao mal...(esta é para os srs biológos).
todas as fábulas têm uma moral, todas nós sabemos isso,
mas a tua é mais que uma moral,
é história que vai mais além disso,
é a historia de que pode se caminhar, caminhar...que haverá do outro lado algures alguém...alguma coisa...que te espera ansiosamente!
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