Vivo o tempo todo algemada.
Com muito pouco espaço de manobra,
Não me permitindo falhar.
Destesto saber,
Que sou eu própria o meu erro.
Mas é a verdade. Que fazer?
Por mais que tente,
Por mais que lute contra isso,
Caio sempre por terra.
Não me é permitido voar.
Não me foram dadas asas para isso.
Ou se as foram, tenho um arremeço que as impede de abrir.
Não chego as minhas costas para as desamarrar.
O mais provável é mesmo não existirem.
Chegaria a elas se as tivesse, com certeza.
Estou habituada a esticar-me,
Em vez de asas, deram-me elasticidade.
Mas mesmo assim não a suficiente.
Tento porque tento chegar a todo o lado,
Não dá, não consigo.
Mas porque é que continuo a tentar?
Hoje envolvo-me em mim mesma, formando uma pequena bola. E espero que alguém em mim pegue e atire para longe.
Sem comentários:
Enviar um comentário