Metamorfose dos sentimentos

Sentimentos.. Como explica-los? Como defini-los? Como ter a certeza que os possuímos?

Por vezes sentimos o que não sentimos e não sentimos o que sentimos. Certo?

Por vezes ficamos tão cegos... Pensamos que sentimos algo por alguém, e é tudo muito intenso. Até que chega ao dia em que o chão te cai dos pés por outro alguém e começas a questionar o que sentiste por alguém que já passou e que significou tanto.
Tremes como se tivesse o tempo gelado. E sentes o coração a saltar entre a garganta e o estômago. Tens vontade de chorar só porque sim. E pensas: "O que é isto! Ai mãe!!!"

Em tempos pensavas que o ser feliz e sentires-te bem com alguém, era tudo. Depois... Depois sentes algo que é novo, algo que não pode ser falado. Misturas amizade e paixão e o teu mundo fica destruído. Acabas por ficar obcecado e desesperado por algo tão forte e tão proíbido e errado... Até que..

Até que te aparece alguém que te faz ficar tonto com o seu perfume. Que te faz doer o coração como ferida aberta com aquele sorriso. Que te fez tremer quando os vossos corpos ficaram a servir simplesmente de encosto um para o outro, algo muito inocente, mas que escondido tinham o desejo de se unir. E aquando o beijo de despedida facial te faz ficar com os joelhos dormentes, apenas por sentires a sua respiração que acidentalmente te bateu no pescoço.

Alguém que quase não consegues conter a vontade de juntar boca a boca cada vez que vês os seus olhos brilhantes e mágicos.

Por isso pergunto. Como sabemos o que realmente sentimos?

Pela intensidade? Pela necessidade?

Por vezes tento analisar os relacionamentos e paixões que tive. Existiu a paixão tola, mas boa e que significou muito. Mas foi a 1ª muito novos, muito imaturos. Mas que felizmente deu origem a uma amizade para além da vida. Coisas sem significado se passaram. Só porque sim. A vida é assim. Depois houve o Sr. Certo. LOL. Mais maduro, practicamente com a vida feita. E muita muita quimica. Mas que não evoluiu para nada além dum uma amizade muito doce.

Houve também a tipica conquista do "estás-te a fazer de difícil... espera lá que já te digo =P " que depois saiu o tiro pela culatra e quando dei por mim estava comletamente dependente desta paixão. Quando abri os olhos já tinha famílias envolvidas e "wow... Isto é sério! (Ainda vou a tempo de fugir? Hm.. Parece que não)", foram uns bons 3 anos e meio. Obrigada.

E depois..

"Erm.. Rute.. O que se passa contigo? ahh.. erm. nah. Nah pode ser. Que estupidez." Tanta repressão fizeram a cabeça dar nó. Misturei uma boa amizade com algo mais. E desci ao mais fundo de mim. Esta paixão fez-me tanto mal como bem. Mas o que interessa é que consegui meter as coisas no seu devido lugar. E continuo a adorar-te imenso. Com a amizade devida.


Agora.. Agora sinto algo inesperado, algo subito que me lavou, que me fez de novo respirar correctamente. Que devolveu as cores à minha vida. É tão, tão forte como nunca nenhuma outra paixão foi. Aconteceu tudo tão rápido. Tive medo, da repentinidade, da intensidade, de tudo de bom que estava a ter e a sentir. Agora já não o tenho, é maravilhoso! Quando te abraço, sinto o teu coração bater ao compasso do meu. Sinto o encaixe do teu beijo na minha boca, como ninguém conseguiu. Perco-me em ti e reencontro-me. Tu és o que há de mais certo na minha vida. Nunca, nunca me senti assim por ninguém. É demasiado bom e surreal! E desculpa-me se sou chata ou repetitiva, mas que ser mais lindo!!! Que sorriso, que olhos!!! Combinas o doce a meiguice e o selvático como ninguém.

Será?... Toda a vida me senti meio incompleta, faltava sempre algo. Agora tenho tudo, sinto-me completa, segura como nunca antes o senti e confio em ti como nunca confiei em ninguém. Sou tua, e entrego-me a ti totalmente. Só no teu abraço e no teu beijo encontro o que faltava.

Será isto, maior que tudo o resto que já senti é de certeza. E no Passado tive tantas certezas...

Não penso no futuro, e sem qualquer dúvida que sim. Agora sim. És tu.

E adoraria sorrurar-to ao ouvido, se não fosse tão medricas e em vez disso tenho momentos interminaveis a olhar-te e a morder-te na orelha na esperança de conseguir fazer sair algo. Tenho medo que fujas. Que aches exagerado, que te sintas na obrigação de sentir o mesmo. Enfim.. Adoro-te fica sempre bem. E é mesmo!

ADORO-TE!!!