O resumo da história de alguém.

Era uma vez uma menina, que por montes e vales andou. Tropeçou, caiu, levantou-se do chão sacudindo o pó e pedras que na sua pele e roupa ficavam agarrados. Correu muito, brincou! Riu, chorou.

Circuito normal, em todo o ser humano. Até que... shiu... please don't speak. Aí sentiu que geleou. Todo o seu ser queria gritar em revolta a tal acontecimento. Mas shiu... Please be stong.

- Que se passa contigo?

- Erm.. Nada, só umas dores de cabeça. (shiu... não lhe digas, não lhe digas nada. Ela não consegue sofrer mais agora. Aguenta... Sei que tens força. )

E no silêncio da mentira e escuro da noite. A mágoa era afagada por um sem fim de sombras e imagens. Acabara de perder alguém demasiado precioso para si e não podia exprimir. Tinha de proteger a irmã daquele desgosto. Engoliu a seco muito tempo, até a garganta arranhar de dor. Só a noite, agarrada à sua almofada libertava alguma tensão e por fim adormecia.

Bem... pior que isto não poderia ser.

Conseguiu após meses vestir um sorriso. A vida continua, estás aqui certo? Faz a tua!

E ela continuou, sorrindo e pulando, com o coração um nadinha menor, mas sempre com muito amor à vida e aos seus amigos. Fez alguns arranhões, nada que um lamber a ferida não curasse.
Por ironia do destino, ou como quiserem chamar, o pior episódio apareceu quando uma campainha tocou em vão.

Não quis acreditar que pudesse ver aquilo que seus olhos fixavam.
Tentou por tudo, agarrar com unhas e dentes.. Mas não valeu de nada. A campainha soou tarde de mais. Por muito banho que tomasse, aquele cheiro não se lhe saída do corpo.

Well done! A vida mais uma vez, brincara com ela que nem joguete do jogo da glória. Estaria ela no limbo? Será que a vida dela esta ligada por alguma arte mágica ou obscura a algo assim? Tão mau?

Tentou por tudo não estar consciente da vida e nunca queria sentir os pés no chão. Tinha medo do que pisava, tinha medo daquilo que o Sol poderia revelar. Enveredava pela noite, tendo a Lua como sua única confidente. Vagueou... Muito, muito vagueou esta rapariga.
Quis sentir a adrenalina, quis rir-se na cara do perigo, quis cuspir na cara da morte. Fez tudo isso, e para quê, pensou ela durante muito tempo. Lições de vida. É assim.

Não é tão mau como pensas.

Alegra-te! O Sol voltou a bater-te na cara. Voltou a mostrar-te o que ele tem de melhor. Deixa, deixa a noite ir-se lentamente. Guarda o que de bom tens dela.
Finalmente tens o Sol a descongelar esse coração que a noite se encarregou de cobrir com gelo.

Pega nas duas fatias boas e guarda-as no coração.
Tens todo um mundo novo para provares.

Obrigada a quem te deu o Sol de novo.