Mentira?

Na mentira, o que é pior?
O mentir para os outros?
Para quem confiamos e amamos?
Quer sejam amigos ou outro alguém.
Para aqueles cujo ombro, abraço ou sorriso,
Está ali sempre para nós.
Ou mentir, para nós mesmos?
Sentirmo-nos a sermos duas ou três pessoas diferentes,
Consoante o ambiente em que nos encontramos.
E chegar a certo ponto, onde já nós próprios
Acreditamos na nossa mentira.
Pois a mentira tornou-se na única verdade que conheces.
Envolves-te por ela, e vives já consoante ela.
E em certos momentos teres de abrir os olhos!
Simplesmente porque essas duas ou três pessoas que és,
Entram em conflito,
E já não sabes bem como te tens de mostrar.
Então abres os olhos! Para te puxares para essa farsa.
Para a farsa, que é a mais certa verdade neste momento na tua vida.
Abres os olhos e vês quem está a tua frente.
A cabeça dói!
A imagem vista pelos teus olhos,
Não corresponde à imagem tens na cabeça.
Que fazer?
E é desta que o coração arde como se o ácido do veneno da mentira o tivesse atingido.
Que se lixe! Que podes fazer?
Fizeste a tua cama, deita-te nela.
O que não darias para teres a sorte de certa gente.
Desde quando é que a tua vida não se diz simples?
Desde quando é que não sentes os teus ombros rijos da compressão?
Alivia-te! Alivia-te!
Enfia-te num buraco onde não tenhas nada e recomeça!
Constrói!
Tu desculpa-me pela extravagância.
As coisas vão mudar agora.