Rusty head

Fecho os olhos e o meu pensamento viaja até onde tu estiveres.
É impossível retirar-te de mim.
Mas eu peço tanto, tanto para te ires embora.
Vai-te por favor!
Estou farta de lamber estas fridas onde o sangue sabe a ferro.
Feridas cortadas por uma faca ferrugenta e sarcástica, nas mãos dos sentimentos.
Vai!
Que o teu cheiro e o teu calor fazem doer.
Vai!
Porque esse teu ar triste... Queria arrancá-lo e metê-lo no lixo! Não te fica bem.
Enche-nos com o teu sorriso de novo!
Vai por favor... Mas fica.

Tu... Tu... Que faço eu contigo?
Não consigo lutar sem te ter aqui a meu lado!
Não consigo agarrar-me a algo que não está à minha frente!
Não consigo tentar construir algo contigo, enquanto estás longe.
Na minha cabeça, não me consigo decidir... Valerá a pena?
Até que ponto serão mentira todas aquelas palavras que me dizes?
Palavras não explicam o que sentimos...
De propósito ou não, o tapete já me foi tirado dos pés...
Não consigo entender se quero ou não tentar.
Vou ficar em Standby até ver.

E Tu? Tu cujo olhar me deixa em céu aberto?
É curiosidade? Ou apenas um jogo?
Não me deixo cair assim tão facilmente.
Mas contigo cairia de bom grado.
A leveza do teu perfume quando passas por mim entontece.
O teu ar descontraído e sacana, faz-me querer provar-te!
A minha eterna curiosidade pelo desconhecido e pelo perigo...
Neste jogo... Ninguém vai ganhar. Vamos apenas continuar a jogar.
Até nos fartarmos.

E Tu?! Esse ar doce e frágil... Não escondem as indirectas...
Que queres de mim?
Leio bem os teus olhos e as tuas reacções. Sabes bem que já vi de mais.
Não me tentes enrolar nessa tua teia. Nessas tuas artimanhas.
Tens alguém, não destruas isso por alguém que não te quer.
Não tentes ganhar algo que não tens, consumindo-me!
Não é da minha boca que irás conseguir o que queres.
Apoia-te em mim. Eu ajudar-te-ei.
Mas cuidado, não me tentes. Eu não sou de ferro.
E se há alguém aqui que ficará mal não sou eu.
E lembra-te: "I'm not your toy any more"