sexta-feira, agosto 18, 2006

Tremura

Custa tanto adormecer sem te ter comigo
O hábito faz o monge,
Por isso habituei-me a imaginar-te ali a meu lado todas as noites
Onde te beijo e agarro antes de adormecer
Onde vagabundeio em demências insaciáveis
Onde o meu corpo trémulo se junta ao teu
E quando contigo, fico ofuscada
Tocas-me no inconsciente e desconcentras o mais sóbrio de mim

Prometo-te o mundo e o amanhã
Prometo-te que serei tua e de mais ninguém
Digo que te amo, e o quanto te quero
Como a ninguem quis
Enebrio-me com o teu aroma
Alimento-me com o teu sabor
Pois tu és água, tu és lua.
E eu sou tua enquanto te bastar.

Corta o silêncio o teu andar
Cortas-me a alma com o teu olhar
Fazes-me sonhar...
E é tão bom sonhar,
Quando a meu lado estas.
Nada me atinge, nada magoa
Pois tu completas-me com um simples respirar.

6 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Tiago disse...

Sem palavras... o prazer de ter a pessoa mesmo ali ao nosso lado sem a ter mesmo fisicamente... as vezes é complicado, mas não deixa de ser menos bom...

Ana Pena disse...

muito bonito mesmo!gostei imenso... principalmente porque na minha interpretação é um poema triste ... soa-me a um amor que a pessoa sabe que vai acabar e se está agarrar aos últimos momentos!

Rute disse...

Não é algo que vai terminar. É um amor escondido, que ninguem sabe que existe. É só meu.... :$

Guida disse...

É mesmo só teu, e ninguém nem mesmo o mundo tem haver com esse amor. Vive-o.

E sabes que mais ADORO-TE!

Anónimo disse...

Eu bem me parecia que aquela tua veia saída do braço esquerdo era veia poética... è teu mas como diz a Guiduxa:Vive-o! Ouviste? Vive-o!