sexta-feira, agosto 25, 2006

Num instante

Num instante tudo o que era cheio ficou vazio
Sobraram as recordações, os sorrisos,
As birras e as parvoíces,
Os abraços sentidos, querendo dizer “gosto tanto, mas tanto de ti…”
Ficaram as contemplações de vos ver a dormir e saber que aqui comigo são felizes

Foram embora, e quando agora vos vejo?
Quando é que vos posso abraçar de novo?
Passaram-se 5 minutos, mas morro já de saudades.
Tento, como sempre controlar o choro
Mas não dá. Tu pai desmanchas-te com razão em desalento, em desespero
Em medo de não os veres de novo.
Eu sou igual.

Daqui a meia hora, meto a máscara do “ta tudo bem”
Saio daqui com um sorriso forçado e amarelo
Cai-me o mundo nas costas,
Mas upa Rute. Tem de ser TU tens de continuar
Todos acham que és forte, que tens as costas largas
Não os desiludas.

Sustenho a respiração, conto até dez.
Expiro lentamente e abro os olhos.
Estou mais calma agora.

3 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Pedro Espírito Santo disse...

Eu... estou aqui ! Longe, mas para o que der e vier ! ;-)

Ana Pena disse...

... os teus sobrinhos... :)já passou, vá...